segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estímulos visuais na marcha de portadores na doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é caracterizada por uma síndrome, decorrente da degeneração de neurônios dopaminérgicos nos núcleos da base, principalmente no putâmen, ocorrendo também uma redução no número de receptores da dopamina do Striatum. As manifestações clínicas são: bradicinesia, acinesia (dificuldade de iniciar o movimento), rigidez e tremor de repouso, assim apresentando esses sinais, os indivíduos apresentam consequentemente, instabilidade postural, passos curtos, favorecendo a ocorrência de quedas e suas complicações subsequentes.

Atualmente, num programa de reabilitação para pacientes com DP, é introduzido o treino de marcha com estímulos visuais, esta técnica tem mostrado efeitos satisfatórios no desempenho motor desses indivíduos. A maior dificuldade para pessoas com DP no momento da marcha é caminhar, pois os passos são curtos, girar 360º, associar obstáculos durante a marcha, como pisos irregulares em ambientes complexos. 
Diversos estudos na literatura, mostram o efeito da marcha com estímulos visuais, alguns utilizaram bengalas invertidas, outros utilizaram marcações no solo. Todos mostraram uma melhoria no padrão da marcha nesses indivíduos. A sinalização demarcada no solo, é a forma mais comum de estímulo visual, essa deve ser utilizada numa cor que contraste com a cor do solo, para que chame a atenção do parkinsoniano.

As pistas visuais são utilizadas para desviar a função dos núcleos da base para regular a função motora. Essas pistas têm acesso aos mecanismos do controle motor, envolvendo o aprendizado e o recrutamento de sinais adicionais, que levam a um desvio na preparação do movimento no circuito núcleos da base à área suplementar motora para  a área visual-motora, cerebelo e córtex pré-motor. Dessa forma, é possível melhorar a cadência da marcha.

Portanto, é importante introduzir num programa de reabilitação o treino de marcha com estímulos visuais para pacientes com DP , para melhorar o desempenho funcional desses pacientes, assim como a qualidade de vida.




Fonte: Dias et al., Treino de marcha com pistas visuais no paciente com doença de Parkinson. Rev Fisioterapia em movimento, Curitiba -PR, 2005.

3 comentários:

  1. Muito bom o post, vou olhar o artigo original.
    Não tenho muita experiência com pacientes com DP, apenas 2 ou 3 durante o estágio. Utilizava pistas visuais, mas ficava em dúvida se o aprimoramento conseguido em consultório se estendia ao cotidiano(o mais importante), se realmente os pacientes reaprendiam um padrao de marcha mais próximo à normalidade quando estivessem andando n rua ou em casa, sem as pistas.
    Outra coisa, tinha dificuldade pois alguns desses pacientes apresentam comorbidades, como quadros demenciais, e nestes casos as pistas se mostravam pouco eficazes, até atrapalhando a compreensão.

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  2. Bruna, com certeza o desempenho deles num ambiente ambulatorial é melhor do que em casa ou na rua. Se o atendimento for em domicílio as pistas visuais podem ser introduzidas no solo acompanhando o trajeto desse paciente entre os cômodos. Caso não há a possibilidade de um atendimento domiciliar, poderemos orientar a família sobre as sinalizações.Entretanto se estiver associado uma demência, ficará difícil a compreensão, mais nada que não possa ser aprimorado e reorganizado, dependendo do estágio dessa demência. Já ouvi casos de pacientes que utilizavam no seu dia a dia a muleta quando tinham freezing. No artigo cita um trabalho sobre a utilização da muleta. Dê uma lida é interessante.

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