quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Fratura do platô tibial

Lesão que envolve 10 a 12 cm proximais da tíbia, região eminentemente esponjosa, sendo mais frequente no côndilo lateral.

Causas: acidente automobilístico (40 a 60%), queda de altura, escorregões ou torções.

A combinação de uma compressão e força em valgo produz uma fratura lateral e em varo produz uma fratura medial.

INCIDÊNCIA

Sexo / idade: maior frequência em mulheres mais velhas (osteoporose). Em pacientes jovens está associada a traumas de alta energia.

LESÕES ASSOCIADAS

15 a 45% ligamentos colaterais
20% lesões meniscais

CLASSIFICAÇÃO DE SCHATZKER

A classificação de Schatzker divide as fraturas do platô tibial em seis grupos distintos, distinguindo entre cisalhamento puro, depressão pura e associação entre esses dois padrões. Estabelece também um prognóstico diferencial entre as fraturas isoladas do platô lateral e as do platô medial.

Os três primeiros grupos (I, II e III) são fraturas puras do planalto tibial, em geral, associadas a mecanismo de baixa energia. Os grupos IV, V e VI são fraturas-luxação do joelho, portanto, mais graves e associadas a danos importantes de tecidos moles.

TIPO I: Fratura do platô lateral
TIPO II: Fratura e depressão do platô
TIPO III: Depressão do platô
TIPO IV: Fratura do platô medial
TIPO V: Fratura dos platôs medial e lateral
TIPO VI: TIPO V + Diáfise ou metáfise

CLASSIFICAÇÃO AO (ARBEITSGEMEINSCHAFT FUR OSTEOSYNTHESENFRAGEN)

A classificação AO permite graduar o dano de tecidos moles, mesmo em fraturas fechadas, estabelecendo um prognóstico mais exato. Trata-se de um método alfanumérico onde as fraturas do planalto tibial são classificadas em 41 B ou 41 C, de acordo com o envolvimento parcial ou total da superfície articular.


TRATAMENTO CONSERVADOR

Fraturas sem desvio ou com mínimo desvio (2 a 4mm) ou até 1cm (5mm) de depressão.

 Imobilização (cast brace, aparelho gessado articulado) por 6 semanas.
 Evitar descarga de peso antes da 8ª semana ou até que surja evidência radiológica de consolidação (12ª semana).
 Iniciar o mais precoce possível exercícios isométricos para quadríceps e exercícios ativo-assitidos e ativos para ganho de ADM.

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Normalmente as fraturas de alto impacto necessitam de 3 a 5 dias para que os tecidos moles normalizem (diminua o edema).
 Fixação com 2 ou mais parafusos canulados (+ placas); pode ser necessário enxerto ósseo da crista ílíaca ou sintéticos.

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Não colocar carga até 8ª semana. 

1º a 2º DPO:

 O joelho estará protegido por uma órtese em dobradiça, com 10 a 20º de flexão;
 Crioterapia 2/2 h – 20 minutos cada aplicação;
 Cinesioterapia passiva 0º a 30º;
 FES (para estimular o quadríceps).

A partir do 3º DPO:

Mantém-se o gelo antes e pós- tratamento
Exercícios ativo-assistidos
Mobilização da patela

A partir do 2ª semana de DPO:

Mobilização posterior do fêmur em relação a tíbia  
Manter mobilização de patela
Manter exercícios para quadríceps e isquiotibiais
Mobilização resistida do tornozelo

➮ A partir da 8ª semana:  treino de marcha com carga parcial.

COMPLICAÇÕES

Infecção – 12% dos casos
Perda da fixação
Artrose pós-traumática
Laceração da artéria poplítea


7 comentários:

  1. Depois de quantos dias de operaçõa pode começar a fazer a fisioterapia?

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    1. Pode começar de imediato. Procure um profissional qualificado para saber o que fazer em cada fase do tratamento fisioterapêutico.

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  2. Sofri acidente e fraturei o platô estou na 23 sessão de fisioterapia e alcancei apenas 90 graus dobrando a perna, fui liberada a poucos dias para 100 % de carga do meu peso, mas me preocupo dobrar o acidente aconteceu a 2 meses. É normal dobrar só isso?

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  3. Eu sofri acidente em um mês tirei o gesso foi modo conservador agora estou com uma órtese quanto tempo contínuo com essa órtese. Consulta so daqui 20 dias

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