sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença desmielinizante, que causa degeneração difusa no SNC (Sistema Nervoso Central), o qual gradualmente resulta em déficits neurológicos. A etiologia não está claramente definida, porém os fatores genéticos e ambientais podem resultar em uma resposta inflamatória mediada imunologicamente. A doença acomete mais jovens, brancos e a maior frequência de ocorrência é em regiões distantes dos trópicos, como o norte da Europa e América do Norte. A incidência é decrescente à medida que se aproxima dos trópicos.
A desmielinização é uma desintegração da bainha de mielina causada por um processo inflamatório e destrutivo em que o axônio vai sendo parcial ou completamente desprotegido. A destruição da mielina interrompe a transmissão normal dos impulsos nervosos.
Inicialmente, ocorre um acúmulo de células inflamatórias ao redor das vênulas dentro do SNC.  A inflamação causa bloqueio funcional por condução ao longo dos axônios mielinizados, logo após, ocorre destruição ativa dos oligodendrócitos e de suas bainhas, como resultado do contato com macrófagos e microglia. 
A lesão é curada pela formação cicatricial dependente da reatividade dos astrócitos, produzindo regiões endurecidas ou placas, das quais a doença recebe o nome. Os locais mais comuns das placas são os limites entre substância branca e cinzenta do cérebro, regiões periventriculares, substância branca cerebelar, nervos ópticos, porção cervical da medula espinhal e o tronco cerebral.
Primeiros Sintomas:
1. parestesia;
2. dormência;
3. queimação.

A evolução pode ser classificada em 4 tipos: 
1) benigna;
2) surtos-remissões;
3) surtos-progressiva;
4) crônica-progressiva.
Com a ocorrência de surtos frequentes, a forma crônica-progressiva da doença pode se desenvolver e as funções cognitivas são as mais afetadas. 
O indivíduo pode apresentar os seguintes sinais clínicos:
1. déficits de atenção,visual e auditivo;
2. déficit de memória (comum da forma crônica-progressiva);
3. alterações de personalidade;
4. depressão;
5. fraqueza gradual que aumenta com o uso;
6. sinais de lesão de neurônio motor superior;
7. sintomas atáxicos;
8. espasticidade.
9. sintomas vesicais(comum em mulheres);
10. impotência, ausência de controle esfícteriano e incontinência de urgência.
Os pacientes referem fadiga constante, que ocorre todo dia. Essa fadiga pode ser explicada pelo fato que os axônios desmielinizados não podem transmitir trens de impulsos rápidos. A fadiga é a maior causa de desemprego e limitações nas atividades de vida diárias. 
A realização de atividade física aeróbica é fundamental para esses pacientes, pois reduz a fadiga, melhora o condicionamento cardiorrespiratório, consequentemente o condicionamento físico, melhorando o desempenho desse paciente nas AVD's ( Atividade de vida diária). 
Lesões de hipersinal em T2/FLAIR na ressonância

Car.J; Shepherd.R. Reabilitação Neurológica: Otimizando o Desempenho Motor. Ed. Manole, 1º ed, Barueri, São Paulo-SP,2008.

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