quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Atuação fisioterapêutica em portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune de etiologia desconhecida, caracterizada por inflamação crônica sistêmica, acomete mais jovens na faixa etária de 20 a 45 anos, com maior prevalência no sexo feminino. Acredita-se que os fatores hormonais, ambientais e genéticos tenham influência na susceptividade da doença. O fato da patologia afetar mais as mulheres, deve-se aos fatores hormonais, principalmente nessa faixa etária, a qual ocorre a maior produção hormonal.

Os sinais e sintomas  podem aparecer em qualquer fase da doença, entre eles podemos destacar: febre, artralgias, perda de apetite, mialgias, lesão renal, hemorragia pulmonar, serosite, lesões hematológicas e imunológicas, anemia, fotossensibilidade, entre outros. Esses sintomas podem surgir isoladamente ou em conjunto. Uma característica bem comum em indivíduos portadores é a presença de manchas avermelhadas na maçãs dos rostos e no dorso do nariz, denominadas lesões em asa de borboleta.

O tratamento farmacológico, com utilização de corticoides e imunossupressores, aliado a fisioterapia tem aumentado a sobrevida desses portadores. A fisioterapia visa prevenir problemas e restaurar o equilíbrio osteomuscular. O paciente deve sempre fazer exercícios, para prevenir que a musculatura fique hipotrofiada. Alongamentos, fortalecimentos musculares e medidas analgésicas são recomendados. Devem-se trabalhar todas as articulações do corpo, e estar sempre atento ao quadro clínico do paciente.

Um dos motivos mais importantes para o tratamento fisioterapêutico é manter habilidade para as atividades funcionais, o que depende da capacidade física do indivíduo, sujeita a muitas variáveis, como, alterações na função cardiorrespiratória, força muscular e flexibilidade. Exercícios prescritos corretamente tem o poder de ajudar na remissão da doença.Um dos sintomas mais comuns que os pacientes com LES apresentam é a fadiga generalizada que pode limitar suas atividades ao longo do dia.

Os programas de exercícios para o LES devem enfatizar a força e a resistência, com exercícios aeróbicos de baixo impacto. Os programas devem incluir fortalecimentos isotônicos e isométricos da musculatura adjacente as grandes articulações e manutenção da amplitude de movimento, mas se a necrose avascular estiver presente, apenas os exercícios isométricos são indicados.

No tratamento fisioterapêutico de pacientes com LES, diversas condições devem ser esclarecidas. Os pacientes nunca serão absolutamente iguais, principalmente quando se tratarem de pacientes lúpicos. O conhecimento por parte do fisioterapeuta sobre a patologia deve se extremamente abrangente. É importante a aferição dos sinais vitais diariamente nos pacientes.


Fontes:
www.fisioweb.com.br
Peres et al., Fadiga nos portadores de lupus eritematoso sistêmico sob intervenção fisioterapêutica. O mundo da saúde, São Paulo-SP, 2006.



0 comentários:

Postar um comentário