segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Fisioterapia na osteogênese imperfeita

Osteogênese Imperfeita (OI) entende-se como distúrbio hereditário do tecido conjuntivo, caracterizado por fragilidade óssea e com manifestações clinicas muito variadas.

Esta anomalia se deve a uma deficiência do colágeno do tipo I, ocasionando ossos frágeis, acredita-se que o defeito principal é uma falha na ossificação intramembranosa endoesteal e periosteal e, provavelmente excessiva esteoclasia, ocasionando um desequilíbrio entre deposição e a reabsorção óssea.

A OI é uma doença rara, ocorrendo um caso em cada 15.000 a 20.000 nascimentos e sua prevalência é de 1 em 200.000 indivíduos. Não há citações na literatura sobre o predomínio em relação à raça ou sexo.


CLASSIFICAÇÃO


O padrão de herança mais comum é o autossômico dominante, podendo ser, com menor frequência, recessivo. A alteração é determinada por mutações nos cromossomos 7 e 17, onde ocorre com maior frequência a substituição da glicina por um outro aminoácido.

Um grande número de mutações tem sido descrito, porém a correlação entre o defeito genético específico e o fenótipo produzido ainda é pouco estabelecida. 

A OI constitui-se em uma doença hereditária do tecido conjuntivo caracterizada por defeitos na estrutura e na síntese de colágeno.

O colágeno é a proteína estrutural mais importante do organismo; é sintetizado pelo fibroblasto e representa aproximadamente 30% da proteína total do corpo.

O colágeno é constituído por macro moléculas complexas de diversos tipos sendo que cada uma delas é o produto de um gene diferente. 

APRESENTAÇÕES CLINICAS

→ Heterogênea e variável
→ Fragilidade óssea, a frouxidão cápsulo-ligamentar, a cor azulada da esclera e a surdez.
Estudos mais recentes mostram aumento na excreção urinária de cálcio, fósforo, magnésio, hidroxiprolina e glicosaminoglicanos
→ No quadro laboratorial, a fosfatase alcalina sérica acha-se freqüentemente aumentada, não sendo observadas, porém, alterações nos níveis sistêmicos do cálcio, fósforo, hormônio da paratireóide ou mesmo da 1,25 vitamina D.
→ Pode ser encontrada aminoacidúria, com a consequente diminuição dos aminoácidos

Diagnóstico pré- natal: USG e analise bioquímica do vilo corial.
O diagnóstico habitualmente é feito mediante a história clínica, o aspecto ao exame físico e constatações radiográficas, não existindo exame complementar de uso prático que seja específico para a confirmação da doença, nem tampouco uma adequada correlação clínico-laboratorial para cada tipo de apresentação fenotípica da classificação de Sillence et al.

TRATAMENTO

Orientação dos pais com relação ao manuseio, posicionamento, transporte e alimentação dos filhos.
Higiene dentaria
A fisioterapia sob a forma de  hidroterapia, promovendo FM.
Estimulação intelectual e acadêmico.
Suporte psicológico.
Tratamento das fraturas, com o uso de gessos.
Correção cirúrgica das deformidades, com a utilização de diversas técnicas e diferentes tipos de matérias de implantes para a estabilização esquelética.

METAS DA FISIOTERAPIA

Incentivar e orientar o contato dos pais com a criança;
Promover a deambulação;
Tratar e prevenir contraturas posicionais e deformidades;
Diminuir quadro álgico;
Fortalecimento muscular;
Promover e manter as atividades de vida diária;
Constante avaliação do paciente;
Obter maior independência, confiança e estabilidade nos movimentos;
Precaução e reconhecimento das fraturas.



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