terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Fibromialgia

O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica.

É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono.

A presença de 11 dos 18 pontos padronizados tem valor para fins de classificação, entretanto, em casos individuais, pacientes com menos de 11 pontos dolorosos poderiam ser considerados fibromiálgicos desde que outros sintomas e sinais sugestivos estivessem presentes.

Outros achados do exame físico incluem o espasmo muscular localizado, referidos como nódulos, a sensibilidade cutânea ao pregueamento ou dermografismo, após compressão local. A sensibilidade ao frio também pode estar presente e manifestar-se como "cutis marmorata" em especial nos membros inferiores.

Os exames laboratoriais e o estudo radiológico são normais e, mesmo quando alterados, não excluem o diagnóstico de fibromialgia, uma vez que esta pode ocorrer em associação a artropatias inflamatórias, a síndromes cervicais ou lombares, a colagenoses sistêmicas, à síndrome de Lyme e a tireoidopatias.

Cerca de 10% dos pacientes apresentam positividade do FAN em baixos títulos.

Em estudos a prevalência encontrada foi de 2,1% na prática clínica de família, 5,7% na clínica geral, 5% a 8% em pacientes hospitalizados e chegando a 14% a 20% dos atendimentos em reumatologia.

Existe forte predominância do sexo feminino (80% a 90% dos casos), com um pico de incidência entre os 30 e os 50 anos de idade, podendo manifestar-se em crianças, adolescentes e indivíduos mais idosos.

PONTOS DA FIBROMIALGIA

➊ na região subocciptal (atrás da cabeça)
➋ no músculo trapézio (em cima do ombro e nas costas)
➌ na região supraespinal
➍ na altura das vértebras cervicais
➎ na articulação condrocostal (onde a segunda costela se insere no osso esterno)
➏ no joelho, especialmente na face medial do joelho
  no trocanter maior
  na região glútea
  do lado do cotovelo

FATORES DE RISCO

Falta de condicionamento físico: o sedentarismo é apontado como o principal fator de risco
Mudanças hormonais como incidência de fibromialgia são maiores em mulheres que estão entrando na menopausa
Estresse e traumas emocionais
Doenças infecciosas
Hereditariedade

SINTOMAS MAIS COMUNS

Dor generalizada pelo corpo por, pelo menos, três meses
Sono inquieto, superficial e não-restaurador
Cansaço, perda de energia e diminuição da resistência a exercícios físicos
Cólon irritado e outras disfunções intestinais
Formigamento e dormência nos braços, pernas, rosto e, sobretudo, nas mãos e nos pés
Depressão e ansiedade crônicas
Cefaléia
Sensação de inchaço nas articulações
Rigidez muscular
Desconforto diante de mudanças

FIBROMIALGIA x DOR MIOFASCIAL

Assim como a fibromialgia, a dor miofascial é frequente em mulheres entre 40 e 50 anos. Fadiga, rigidez, distúrbios de sono, ansiedade ou depressão menos frequentemente acompanham o quadro.

Difere da fibromialgia na medida em que constitui um acometimento regional e não difuso, com a presença de "trigger points" e não de "tender points".

TIPOS DE TRATAMENTO

O objetivo do tratamento é ajudar a aliviar a dor e outros sintomas, ajudando o paciente a enfrentar os sintomas.


Uso de antidepressivos tricíclicos para aumentar a vida útil da serotonina. A dosagem é menor do que para pacientes com depressão e tem efeito analgésico e de relaxante muscular.
Uso de analgésico leve para interromper o ciclo da dor. Indicado em casos de crises agudas, tem efeito temporário.
Exercícios físicos de baixo impacto para aumentar a produção da endorfina e melhorar a oxigenação muscular.
Alongamento para aliviar a sensação de dor provocada pela contração muscular excessiva, comum em pacientes com fibromialgia.
Acupuntura para melhorar a qualidade do sono, estimular a produção de serotonina e endorfina e combater a depressão e a ansiedade.
Redução das situações de estresse procurando fazer pequenas pausas de descanso ao longo do dia para evitar a fadiga.
Técnicas de relaxamento


Saiba mais aqui >> fibromialgia.com.br 

3 comentários:

  1. Bem legal o post, claro e objetivo.
    É uma condição que me interessa muito, dado o quanto se precisa pesquisar a respeito.
    Fico especialmente interessada pelo efeito do exercício físico na fibromialgia, assim como o tipo e intensidade. Ainda há muito a avançar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Com certeza ainda há muito a pesquisar e avançar nesse tema. Aqui tem um link (http://www.unifesp.br/grupos/fibromialgia/exercicios.htm) da UNIFESP onde tem alguns exemplos de exercicios para pcts com fibromialgia.
      Abraço.

      Excluir