quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mobilização precoce na UTI

Paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é visto como paciente crítico, que requer um tempo prolongado de internação na maioria das vezes. A internação prolongada expõe o paciente a fraqueza muscular e descondicionamento físico, devido a imobilidade. Os grupos musculares que são mais acometidos pela fraqueza muscular são os músculos distais e outro fator comum é a polineuromiopatia, pois pacientes em ventilação mecânica por mais de 7 dias estão expostos a adquirir essa patologia. A polineuromiopatia pode ocorrer devido a medicações, idade, diabetes, anormalidades metabólicas, hiperglicemia, imobilismo, sexo feminino, etc.

A fisioterapia dentro da UTI além de trabalhar o segmento respiratório, trabalha o segmento físico, prevenindo complicações do imobilismo, reduzindo o tempo de internação, consequentemente diminui os custos e aumenta a sobrevida desses pacientes. Quando introduzida de maneira precoce os resultados são mais eficazes, sendo viável e segura. A mobilização precoce deve respeitar a estabilidade hemodinâmica do paciente e os estudos mostram poucos eventos adversos durante a fisioterapia.

Existem poucos estudos randomizados na literatura sobre a mobilização precoce na UTI, porém hoje, já sabe-se dos benefícios de sua introdução o mais precoce possível. Os estudos trazem atividades como cinesioterapia passiva e ativa, treino de ortostase, deambulação, utilização do cicloergômetro, sedestação, etc. Os pacientes submetidos a ventilação mecânica por tempo prolongado estão sujeitos a fraqueza muscular grave, assim dificultando a recuperação. Diversos estudos mostram que atividades inseridas precocemente tem resultados mais satisfatórios comparados a atividade inserida após alguns dias ou mesmo após a alta na UTI.


Fonte: Pinheiro A R; Christofoletti G. Fisioterapia motora em pacientes internados na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática. Rev Bras Ter Intensiva, 2012.

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