Paciente internado em Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), é visto como paciente crítico, que requer um tempo prolongado
de internação na maioria das vezes. A internação prolongada expõe o paciente a
fraqueza muscular e descondicionamento físico, devido a imobilidade. Os grupos
musculares que são mais acometidos pela fraqueza muscular são os músculos
distais e outro fator comum é a polineuromiopatia, pois pacientes em ventilação
mecânica por mais de 7 dias estão expostos a adquirir essa patologia. A polineuromiopatia
pode ocorrer devido a medicações, idade, diabetes, anormalidades metabólicas,
hiperglicemia, imobilismo, sexo feminino, etc.
A fisioterapia dentro da UTI além de
trabalhar o segmento respiratório, trabalha o segmento físico, prevenindo
complicações do imobilismo, reduzindo o tempo de internação, consequentemente
diminui os custos e aumenta a sobrevida desses pacientes. Quando introduzida de
maneira precoce os resultados são mais eficazes, sendo viável e segura. A
mobilização precoce deve respeitar a estabilidade hemodinâmica do paciente e os
estudos mostram poucos eventos adversos durante a fisioterapia.
Existem poucos estudos randomizados na
literatura sobre a mobilização precoce na UTI, porém hoje, já sabe-se dos
benefícios de sua introdução o mais precoce possível. Os estudos trazem
atividades como cinesioterapia passiva e ativa, treino de ortostase,
deambulação, utilização do cicloergômetro, sedestação, etc. Os pacientes
submetidos a ventilação mecânica por tempo prolongado estão sujeitos a fraqueza
muscular grave, assim dificultando a recuperação. Diversos estudos mostram que
atividades inseridas precocemente tem resultados mais satisfatórios comparados
a atividade inserida após alguns dias ou mesmo após a alta na UTI.
Fonte: Pinheiro A R; Christofoletti G.
Fisioterapia motora em pacientes internados na unidade de terapia intensiva:
uma revisão sistemática. Rev Bras Ter Intensiva, 2012.
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