O envelhecimento é um processo
comum a todos os seres vivos. Segundo Prentice e Voight (2003), o
envelhecimento é um processo de seguidas manifestações biológicas ocorridas com
o tempo, e não está associado à idade cronológica.
Alterações do sistema ósseo
O osso é essencialmente um tecido
conjuntivo mineralizado, altamente vascularizado, vivo, em transformação
constante. É singular pela sua dureza, resiliência, mecanismo característicos
de crescimento e sua capacidade de regeneração. O osso maduro é composto de duas espécies de tecido, os
ossos compactos e esponjosos. As células osteoprogenitoras: Osteoblastos e Osteoclastos.
O pico de massa óssea é alcançada
entre 30 e 40 anos de idade. Alguns anos após começa ocorrer perda de massa
óssea, que é caracterizada pelo processo de remodelagem e modelagem
consequentemente do envelhecimento.
Fatores da perda da massa óssea
➀ Inatividade Física
➁ Questões
nutricionais: os idosos são vulneráveis a um balanço cálcio negativo em
decorrência da hipovitaminose D
➂ Hormonais: diminuição
dos hormônios paratireoidianos, e nas mulheres principalmente de estrogênio
➃ Além da Genética
Alterações da
cartilagem articular
As articulações são constituídas para realizar movimento e
sustentação mecânica.
O envelhecimento cartilaginoso traz consigo:
- ↓ poder de agregação dos proteoglicanos
- ↓ resistência mecânica da cartilagem
- ↓ hidratação do colágeno
- ↑ resistência a colagenase e maior afinidade pelo cálcio
- ↓ do conteúdo aquoso, tendões e ligamentos
- ↓ da capacidade de elasticidade
- ↓ da capacidade de resistir a deformação
Alterações do sistema
musculoesquelético
O músculo esquelético é a maior massa tecidual do corpo
humano. Uma das alterações mais evidentes do envelhecimento é no sistema
muscular, pois há perda de massa muscular ou sarcopenia.
E isso traz consequência, ou seja:
⇨ Diminuição
da qualidade de contração muscular, força e coordenação dos movimentos
⇓
Aumentando a probabilidade de sofrer acidentes.
Com o envelhecimento, há uma
diminuição lenta e progressiva da massa muscular, sendo o tecido nobre,
gradativamente, substituído por colágeno e gordura.
As fibras de tipo I e tipo II
também reduzem em número e volume, isso explica a menor velocidade que se
observa nos movimentos dos idosos.
A fisioterapia atua
principalmente na identificação dos déficits funcionais e na manutenção e restauração
de postura, equilíbrio, coordenação motora, respiração e força muscular global
do idoso.
Esses objetivos serão
alcançados com a elaboração de um programa de exercícios, considerando as
condições físicas e a individualidade do idoso. Uma boa estratégia de abordagem é
aquela baseada nos interesses e atividades de vida diária ou profissional do
idoso, para que o mesmo sinta-se estimulado a vivenciar o processo de
reabilitação.
A imobilidade é um dos maiores
problemas encontrados durante o processo de envelhecimento. Daí, além do
fortalecimento da musculatura do idoso, é necessário que haja treino de marcha
em superfícies estáveis e instáveis, com e sem obstáculos, associado a
atividades que desafiem o equilíbrio. Estas condutas são estratégias pertinentes
ao processo de prevenção e reabilitação, favorecendo uma melhor qualidade de
vida e redução dos riscos de quedas entre os idosos.
Numa revisão bibliográfica com o
objetivo de mostrar o envelhecimento músculoesquelético e a atuação da fisioterapia nesse processo, teve como resultado
que a fisioterapia exerce um papel fundamental na interação social e melhora da
qualidade de vida, tem como objetivo fornecer interação interpessoal ao idoso
além de associar esse fator a atividade física com dinâmicas que favorecem a
flexibilidade, melhora as condições aeróbicas, potencializa as funções
cardiovasculares, além de obter significativos ganhos de força muscular e
equilíbrio.
Assim, pequenas alterações na
capacidade fisiológica podem ter efeitos marcantes na performance dos
indivíduos idosos.
Fonte:
COELHO, C. M. S. et al. O envelhecimento do sistema
músculo-esquelético e a Abordagem fisioterapêutica.
DE FREITAS, E. V. et al. Tratado de Geriatria e
Gerontologia; 2ª edição; editora Guanabara Koogan; 2006.
FILHO, E. T. C. & NETTO, M. P. Geriatria, Fundamentos:
Clínica e Terapêutica; 2ª edição; editora Atheneu; 2006.
REBELATTO, J. R.; MORELLI, J. G. S. Fisioterapia geriátrica
: a prática da assistência ao idoso / 2. ed. Manole, 2007.
ROSSI, E. Envelhecimento do sistema osteoarticular. einstein,
São Paulo, 2008.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Rebeca e Carla. Comecei um blog a pouco tempo e não faço idéia de como divulgar.
ResponderExcluirVocês poderiam por um link? Obrigado.
http://questoesdefisiocomentadas.wordpress.com/